Wednesday, June 4, 2008

Última aula de Ciências da Linguagem e Cognição

Uma teórica ás 9h30 da manhã, de fraca atenção no que o professor dizia e de uma quantidade mais do que recomendada de vezes em que ia adormecendo, dado que tive de fazer directa para entregar um projecto, num anfiteatro com mais 4 ou 5 pessoas, tudo naturalmente na 1a fila, junto ao professor, não foi exactamente o final ideal para a última aula.

No entanto, o final acabou por me despertar mais quando o professor fez surgir a discussão sobre a área das ciências cognitivas.

Levantei a possível dúvida de que o actual paradigma que determina o avanço nesta área, o de se entender o cérebro como um processador de informação, poderá limitar mais o nosso entendimento do funcionamento do cérebro como um todo do que propriamente ajudar-nos: tinha-se feito referência no ínicio deste semestre à enorme quantidade de experiências sobre faculdades do nosso cérebro mas sem uma base unificadora a elas todas.

No entanto, o professor também me fez perceber que a ciência não pode ficar parada, que se tem de aproveitar o que de momento funciona. O exemplo usado na discussão demonstrava isso mesmo, o da transição de galileu para einstein, que einstein levou o paradigma actual até ao limite e quebrou-o, criando um novo paradigma.

Não deixei de achar necessário haver uma cultura de ataque ao paradigma actual, o de tentar entender o cérebro através de novas abordagens, ou de uma perspectiva que enriqueça grandemente a visão actual.

Ideias... ver o cérebro como um apêndice do corpo físico, um auxílio, mais outro membro do grande esquema de evolução e sobrevivência deste grande fenómeno que é a vida, que funciona como uma rede eléctrica fluída, não errónea e altamente complexa que.... processa informação... isto vai ser difícil...