Se pudéssemos armazenar conhecimentos num <
O saber e a experiência têm valor como ferramentas de sobrevivência, e depois, como mais um conjuntos de variáveis na nossa percepção e interacção do mundo, por si só, não nos valem de nada. Se pudermos simplificar o processo de aprendizagem do que já existe, libertamos muito mais cedo a mente para partirmos para novas descobertas. Eliminamos a necessidade de reinventar a roda.
Armazenar conhecimento não significa criar conhecimento, e depois, isto é baseado, como a minha resposta, em alguma especulação e num determinado ponto de vista. Acho que é uma pergunta retórica que revela ingenuidade, acho que há imensas áreas a descobrir. Assim como as populações em geral do mundo desenvolvido estão a deixar cada vez mais o trabalho físico para passarem a ser mais vegetativos, também no futuro, a considerarmos esse tipo de avanços, as populações do mundo ou mundos, desenvolvidos de então, também terão um papel diferente do actual, sentado o dia todo ou na net ou em frente à tv ou sentado a trabalhar. Também se poderia ter analogamente feito a mesma pergunta retórica antes de termos passado de pessoas activas fisicamente, e com os saberes e experiências e valores atribuidos a essa realidade de então, sobre a nossa condição do presente.
Obviamente que a passividade física é má, tanto para a saúde como para a mente, mas temos também a possibilidade de ter um estilo de vida activo, apesar de as tendências para a inactividade.
Se na vida não houver nem doença nem dor, saberemos o que é a felicidade?
Acho que se chegarmos a esse ponto, também poderemos ter um botão que controle isso tudo só para quebrarmos a monotonia. E a felicidade não implica nem dor nem doença.
Se todos formos aperfeiçoados, o mundo não ficará com uma sinistra homogeneidade?
Acredito mais no bom senso no sentido de existir uma tentativa de valorização dos nosso traços individuais do que propriamente querermos todos parecer-nos com o Brad Pitt ou com a Angelina Jolie. Mesmo que o mundo ficasse com uma sinistra homogeneidade, haveríamos de ter maneiras de nos distinguirmos subtilmente pelos traços físicos e talvez até fosse uma coisa minimamente boa no sentido de ligarmos mais ao interior do que ao exterior da pessoa.
(...) ao aperfeiçoarmo-nos, não estaremos a renunciar à nossa humanidade?
Terei de responder a isto melhor.. o que é a humanidade? Se é o que vejo do mundo, humanidade é egoísmo e desconsideração algo inconsciente pelos restantes seres vivos do planeta, uma competição indirecta e desigual com as outras espécies . Ou então somos ainda uma criança ainda numa fase muito imatura, pelo menos, já estamos um bocado mais domesticados, em vez de guerreiros e agricultores agora somos gordos com excesso e desperdício de riquezas com outra metado do mundo a morrer à fome. Que bela humanidade esta. Se o aperfeiçoamento ajudar a melhorar esses desiquilíbrios, a levar a um melhor entendimento entre povos e populações, de que é que temos de ter medo? A partir do momento que nós começámos a fazer fogueiras e armas de caça, começámos logo esse processo de aperfeiçoamento da nossa espécie. Existem também outras espécies animais que fazem o mesmo tais como macacos que usam ramos para caçar. O nosso instinto para transformar o que nos rodeia é apenas mais visivel e intenso. De certa forma é humano tendermos para esse cada vez mais intenso aperfeiçoamento.
É evidentemente possível que o aperfeiçoamento do homem não venha a desembocar na utopia ou no fim da humanidade.
É chegado o momento de começarmos a escolher o nosso futuro.
É saudável existirem este tipo de debates algo prematuros no sentido em que muitas destas tecnologias ainda não existem na prática e vão permitir que haja um amadurecimento dos prós e contras deste tipo de intervenções para estarmos melhores preparados quando essas tecnologias se tornarem realidade.
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